Como escolher um sistema de antifraude para lojas online

Depois de definir plataforma e o meio de pagamento chegou a hora de escolher um sistema antifraude. Essa escolha só será necessária se você optou por utilizar um gateway de pagamento ou conexão direta com o adquirente (Cielo ou Rede).

Mas quando a fraude ocorre?

Existem algumas formas diferentes de fraudes relacionadas ao pagamento. Listamos elas:

  1. Fraude efetiva: A compra é realizada com cartão de crédito roubado ou clonado. Essa compra é realizada normalmente. Logística acionada, custos operacionais realizados e entrega do produto feita. Assim que o titular do cartão percebe uma cobrança, que para ele é indevida, solicita o estorno do valor. O produto já foi entregue, você teve custo logístico e você tem que arcar com esse prejuízo.
  2. Auto fraude: Nesse caso o cliente age de má fé e realiza a compra normalmente. Mas, depois que receber a mercadoria, ele liga e informa que não fez aquela compra, pedindo estorno do valor cobrado em sua fatura. Nesse tipo de situação é possível realizar levantamento para verificar onde foi entregue o produto, quem recebeu e, se existirem provas consistentes, o “cliente” perde seus direitos e torna-se responsável pela fraude.
  3. Fraude amigável: Uma pessoa próxima ao titular do cartão (como o filho ou esposa) compra algum produto sem que ele saiba. O titular da compra, sem saber da compra, acha que a cobrança é indevida.

As fraudes podem ocorrer para os mais diversos tipos de produtos, mas são mais frequentes para produtos que podem ser vendidos de forma mais fácil e rápida, como eletrônico (principalmente celulares) e calçados.

Por qual razão se importar com as fraudes

A principal razão é: você perde dinheiro quando é vítima de fraude. Isso por si só já pode ser consideravelmente preocupante. Entretanto, você pode ser vítima de muitas fraudes, gerando enormes prejuízos e diminuindo a viabilidade financeira do seu negócio.

Fraudes no pagamento online geram chargeback. Chargeback, em português, significa estorno e ele ocorre quando o cliente identifica uma cobrança indevida em sua fatura e entra em contato com o banco para receber o valor cobrando indevidamente. Nesse caso, o varejista arca com o prejuízo.

A Aite Group, empresa dos EUA que realiza pesquisas sobre mercado internacional de serviços financeiros, apontou que o Brasil é o quinto país com a maior porcentagem da população que já foi vítima de fraude de cartão de crédito (online ou off-line).

Essa pesquisa indicou que as fraudes com cartões superaram 1.5 bilhões de reais apenas em 2013 e cresceram 5,9%, se comparadas a 2012. Foi constatado também que 33% dos brasileiros que possuem cartão de crédito foram vítimas de alguma fraude. Na maioria dos casos o problema foi a clonagem de cartões. Estudos revelam que em 2017 teremos 123 milhões de internautas no Brasil, o que significa que novas pessoas também irão conhecer o e-commerce. Mas, embora promissor, as chances de fraudes também aumentam.

Ferramentas dos sistemas antifraude

Fraudes existem e são um problema para seu e-commerce; portanto, é preciso tomar ações para que elas sejam reduzidas. Infelizmente, não existe uma fórmula que garanta em 100% que seu e-commerce não será vítima de fraudes, mas é preciso diminuí-las.

Existem algumas ferramentas eficazes para isso. As ferramentas antifraudes utilizam de redes neurais e outras técnicas de inteligência artificial para analisar as informações e decidir se autorizam ou não a compra.

Listamos as tecnologias mais comuns em ferramentas de sistemas antifraude:

  • Validação de código de segurança dos cartões de crédito: solicita a inserção daquele código que está atrás do cartão. Esse código pode variar de bandeira para bandeira, mas é um dado a mais para comprovar se o cartão é verdadeiro e proteger sua loja.
  • Rastreamento dos dispositivos de compra: essa ferramenta identifica a origem da compra. Nesse caso é feita uma análise da geolocalização da pessoa que está comprando. Isso funciona para verificar se a pessoa não está em um país que pode ser considerado suspeito. Essa análise pode ser feita para cidades e estados também ou qualquer outro parâmetro regional.
  • Registros em bancos de dados: de sua empresa, do sistema antifraude ou mesmo de outras empresas. Nessa ferramenta são confrontados todos os dados possíveis relacionados ao perfil do cliente, seu histórico e outras informações. Se as informações divergirem significativamente, é provável que seja uma fraude e a transação é, portanto, negada.
  • Serviço de verificação de endereço: que compara os dados inseridos pelo cliente (como endereço de entrega) com aqueles presentes no banco de dados da operadora do cartão e do banco. Também comparam o endereço de pagamento com o de entrega.
  • Definição de grau de risco na venda de um produto: existem ferramentas que permitem que se defina o grau de risco na aquisição de determinados produtos, como por exemplo um celular. Assim, sua “sensibilidade” à fraude muda de acordo com a probabilidade de fraude do produto em questão.

Como escolher a melhor combinação de ferramentas para minha loja

Você precisa definir dentre as opções disponíveis, aquela que melhor se adequa a sua realidade e também pensar nas tarifas que serão cobradas para análises.

O custo de um sistema antifraude é baseado na quantidade de análises realizadas, ou seja, se você for confirmar todas as informações de todos os clientes, o que aumentaria seus custos, em caso de aumento de volume. As tarifas podem variar de alguns centavos até alguns reais. Existe variação de fornecedor para fornecedor.

Mas não se esqueça de analisar o perfil de seu negócio e o que será comercializado. Por exemplo, se você vai vender calçados, celulares ou outros produtos que podem ser facilmente “passados” para frente, precisará de ferramentas que façam uma análise bastante precisa de antifraude.

Infelizmente, não existe um passo-a-passo claro, você terá que fazer uma análise de seu negócio e da concorrência e ver a incidência de fraudes para conseguir reduzir os riscos de isso acontecer com você. Ressaltamos que não é possível zerar as fraudes, mas deve-se buscar reduzir e controlar o risco.

Pontos de atenção na escolha de um sistema antifraude:

Para elucidar sua escolha do sistema antifraude, preparamos uma lista com os principais pontos de atenção:

    • O sistema antifraude contratado deve permitir que em casos onde a venda possa apenas parecer suspeita, que seja feito contato com o cliente e confirme dados da compra. Assim, você evita perder vendas legítimas.
    • Deve possuir a mínima interação possível com o usuário, para evitar que ele se constranja e se imagine sendo vítima ou acusado de alguma coisa.
    • Que se adeque a sua plataforma e a modalidade de recebimento escolhida , ou seja, precisa ser compatível com a plataforma escolhida.
    • Que consiga medir comportamentos suspeitos com base naquilo que já foi feito em outras lojas.

Verifique quantas ações o sistema consegue fazer por segundo. Para se ter uma ideia, existem no mercado alguns que conseguem fazer cerca de 20 mil análises de transações por segundo.

  • Identificar frequentes mudanças nos endereços do cliente em compras diferentes.

Antifraude é necessário – Muito necessário

Sim, você percebeu que é preciso possuir um sistema antifraude para não ser vítima de pessoas mal intencionadas e ficar no prejuízo. E essas pessoas mal intencionadas podem usar outros artifícios para “derrubar” seu negócio. Por isso você deve se preocupar com segurança, que será o tema do nosso próximo artigo.

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— ARTIGOS DA SÉRIE —

  1. Como montar uma loja virtual passo a passo
  2. Escolhendo a melhor plataforma de e-commerce
  3. Pagamento digital: como escolher o sistema de pagamento do seu e-commerce
  4. Sistema de antifraude no e-commerce (você está aqui)
  5. Segurança no e-commerce e os Selos de Segurança
  6. Desenvolvendo um plano de marketing para e-commerce
  7. Suporte no e-commerce: como fazer
  8. Backoffice e ERP para e-commerces
  9. A logística no e-commerce e como calcular fretes
  10. Legislação do e-commerce: a lei do comércio eletrônico

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Autor:

Anderson Cruz

E-Commerce Brasil

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-escolher-um-sistema-de-antifraude-para-lojas-online/

 

Meios de pagamentos no e-commerce

O que são Gateways e Intermediários de Pagamento? Qual escolher?

O que são Gateways e Intermediários de Pagamento? Qual escolher?

Os gateways surgiram inicialmente a fim de reduzir o tempo e os custos gastos no desenvolvimento e operação das transações financeiras e são plataformas que interligam diretamente com os adquirentes.Gateways
Os gateways são empresas responsáveis por disponibilizar um conjunto de APIs para comunicação com os Adquirentes, podendo armazenar os dados do cliente e o número do cartão de crédito que são passados pela loja virtual. A forma de comunicação da loja virtual com o gateway ocorre através de um webservice que é disponibilizado como APIs.Adquirentes
São empresas responsáveis por capturar, transmitir, armazenar dados dos cartões de crédito e fazer liquidez financeira e são responsáveis por comunicar diretamente com as bandeiras.

Alguns adquirentes são CIELO, REDECARD, GETNET, ELAVON, STONE.

Algumas bandeiras são VISA, MASTERCARD, AMERICAN EXPRESS, HIPERCARD, DINER CLUB INTERNACIONAL, JCB, ALELO.

Anti-fraudes

São empresas responsáveis em validar, prevenir e detectar fraudes em cartões de crédito nas compras efetuadas em sua loja virtual, evitando assim prejuízos ou falta de recebimento do pagamento feito pelos adquirentes.

Todas possuem modelos próprios de negociação conforme a necessidade de cada loja virtual.

Alguns exmeplos são: konduto.com, Clearsale, Fcontrol e CyberSource.

Abaixo uma ilustração apresentando o fluxo de como ocorre a comunicação dos gateways, adquirentes, sub-adquirentes, bandeiras e emissores.

O QUE SÃO GATEWAYS DE PAGAMENTO?

Os gateways de pagamento funcionam basicamente como terminais de cartão de crédito, pois quando o consumidor envia as informações do cartão os dados colhidos são codificados e transmitidos por meio do gateway, que envia as informações para o adquirente com a finalidade de confirmar se o cartão é válido e o pagamento é legítimo.

Todo gateway terá que possuir um certificado PCI-DSS (Payment Card Industry Data Security Standard) para armazenar dados do cartão de crédito, aqui você encontra alista de gateways que possuem certificados.

Os principais gateways de pagamentos são o Braspag, BoldCron, CobreBem, CobreDireto, SuperPay, MaxiPago e MundiPagg, PayZen. Normalmente, as empresas que utilizam esse sistema são empresas que possuem um controle maior em suas plataformas de E-Commerce na tentativa de ter mais flexibilidade no controle das situações do pedido e é claro na tentativa de diminuir ainda mais seus custos com os meios de pagamento na loja virtual.

Existem empresas que desenvolveram seus próprios gateways ou comunicações diretas com os adquirentes com intuito de facilitar e flexibilizar esta comunicação e tentar diminuir seus custos com os meios de pagamento.

O QUE SÃO GATEWAYS DE PAGAMENTO?

Funcionalidades e vantagens 

Dentre outras funcionalidades, os gateways permitem que as operações sejam feitas diretamente com os adquirentes, o lojista recebe seu pagamento direto em sua conta com isto um histórico de relacionamento com o banco. Permitem pagamentos vindo de cartões internacionais ou fora do Brasil e são 100% transparentes ou seja o consumidor ao comprar na loja virtual não é redimensionado para outra janela ou página.

Uma grande desvantagem é que a gestão de risco neste modelo é feita pelo lojista, ou seja o Lojista é responsável e arca com toda despesa pelas tentativas de Fraudes caso ocorra em sua loja virtual e para conter este ataque o Lojista precisará fazer um contrato com empresas que fazem está gestão de risco ou desenvolve-las internamente.

Algumas empresas são: CLEARSALE, FCONTROL, CYBERSOURCE E M&C SOFTWARE.

O gateway maxiPago possui anti-fraude e conciliação bancária nativa em sua plataforma hoje no cenário brasileiro é o único gateway que o anti-fraude e conciliação é nativa, e temos também o gateway Braspag do grupo CIELO e em conjunto com o ANTI-FRAUDE CyberSource formam uma parceria que torna-se quase nativo em sua plataforma de gateway o serviço de anti-fraude.

CUSTOS MÉDIOS PRATICADOS NO MERCADO

Com a utilização do Gateway o lojista terá 4 custos sendo 2 deles opcionais, são eles:

GATEWAY R$ 0,36 a R$ 0,95 por transação
ANTI-FRAUDE (opcional) R$ 0,65 a R$ 6,00 por transação
CONCILIAÇÃO BANCÁRIA (opcional) R$ 250,00 + R$ 0,15 por transação
ADQUIRENTE 0,36% a 6% por faturamento

Lembrando que todos os valores acima são negociáveis conforme a necessidade e modelo de negócio de cada loja virtual.

Em algumas plataformas de e-commerce o meio de pagamento é um diferencial do serviço, pois as empresas que possuem plataformas possuem descontos interessantes na maioria dos serviços utilizando gateways e com isto consegue minimizar ainda mais o custo para o lojista, lembre-se que isto não é regra e fique atento em seus custos com Gateway pois ele não trabalha sozinho, existe os custos do adquirente, anti-fraude e conciliação bancária.

O QUE É CHARGEBACK?

É quando o cliente não reconhece a fatura em seu cartão de crédito ou débito, abrindo uma contestação em relação a fatura cobrada junto há sua operadora de cartão de crédito.

Pode-se dizer também que é o cancelamento de uma venda feita com cartão de débito ou crédito.

O lojista vende e depois descobre que o valor da venda não será creditado porque a compra foi considerada inválida.

O chargeback é considerado um dos grandes vilões do mundo do e-commerce e é um dos responsáveis por fechamento de diversas lojas virtuais, pois nenhuma administradora de cartão de crédito garante a transação nas vendas efetuadas pela Internet.

O QUE É UM SUB-ADQUIRENTE? 

O sub-adquirente ou facilitador realmente faz jus ao nome. Seu serviço em background é bem mais complexo do que o dos Gateways. O sub-adquirente faz todas as etapas relacionadas ao pagamento, servindo como: anti-fraude, conciliação bancária e conversa com diversos adquirentes.

O sub-adquirente também possui certificação PCI-DSS para poder armazenar, capturar e enviar informações contendo números de cartões de crédito com dados dos clientes, permitindo assim, compras com um clique nas lojas virtuais.

As sub-adquirentes mais conhecidas são: Moip, Pagseguro, Bicash, Mercado pago, F2B, PayPal, Payu, Akatus.

Uma outra solução encontrada foi a integração direta com Adquirente, mas tinha diversas desvantagens uma era o custo alto e complexidade na implementação na plataforma de e-commerce.

O Moip foi um destaque, sendo o primeiro a permitir o checkout transparente,permitindo a mesma flexibilidade e integração no finalizar compra sem necessitar de redirecionar os clientes para outras páginas. Alguns exemplos de lojas utilizando “moip transparente” pode ser conferido em: verrrso.com, bolsasrelicario.com.br.

O QUE SÃO GATEWAYS DE PAGAMENTO?

PÁGINA SENDO REDIRECIONADA

O QUE SÃO GATEWAYS DE PAGAMENTO?

SIMULAÇÃO UTILIZANDO SUB-ADQUIRENTE

O QUE SÃO GATEWAYS DE PAGAMENTO?

SIMULAÇÃO UTILIZANDO SUB-ADQUIRENTE MOIP

O QUE SÃO GATEWAYS DE PAGAMENTO?

SIMULAÇÃO UTILIZANDO SUB-ADQUIRENTE PAGSEGURO 

O QUE SÃO GATEWAYS DE PAGAMENTO?

Qual a melhor forma de pagamento?

Nos dias atuais temos um ecossistema ao nosso favor para a comunidade de e-commerce, agora é saber os caminhos certos e como utiliza-los.

Com a evolução dos meios de pagamento o ideal seria pesquisar qual o melhor modelo de meio de pagamento de acordo com a necessidade da loja virtual. Esperamos ter esclarecido algumas dúvidas e apresentado um pouco de como funciona o background das formas de pagamento no E-Commerce.

Fonte:

S3 Commerce

Link Original: http://www.s3commerce.com.br/blog/34/o-que-sao-gateways-e-intermediarios-de-pagamento-qual-escolher-

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