Micro-Momentos

Hoje eu assisti uma apresentação que falava sobre a mudança no comportamento dos consumidores em função do aumento no uso dos smartphones.

Nessa apresentação, a palestrante, uma pessoa da área de Marketing do Google, falava sobre o comportamento da nova geração, os Millennials, que de forma bem simplista são as pessoas nascidas 100% conectadas com a internet e ao meu ver que estão entre as gerações Y e Z, nascidos no final da década de 90 em diante.

https://www.youtube.com/watch?v=reI9-lJ77Eo

A palestrante falou sobre diversos assuntos: disrupção, showrooming, internet of things, mas um que me chamou bastante atenção foi o conceito de Micro-Momento.

Neste link tem um site do próprio Google que fala bastante a esse respeito.

Sob o olhar do comportamento de consumo, o Micro-Momento é aquele em que a pessoa tem a necessidade de algo, produto, serviço, resposta, solução ou o que quer que seja e inicia uma busca ou ação para atender de forma imediata a essa necessidade. Isso se dá através do uso de dispositivos conectados a internet, como smartphones, tablets, relógios ou TVs.

Essa mudança no comportamento parece o caminho natural para a evolução do uso desses dispositivos e do consumo das pessoas, pois antes não tínhamos dispositivos 100% conectados a uma grande rede e capazes de nos responder de forma imediata a qualquer tipo de situação.

O bacana disso é que a visão de estratégia de mídia e marketing precisará ser repensada pelas empresas, pois a forma de consumo mudou e a facilidade de comunicação com os consumidores e entre eles é algo totalmente novo que deve ser explorado de novas formas.

O jeito antigo de se vender pela internet ou chamar a atenção com anúncios em sites e e-mails precisará ser repensado por várias indústrias e mercados.

Hoje em dia é muito comum uma pessoa assistir a um comercial na TV, que é uma mídia tradicional, e imediatamente pegar o celular ou tablet para buscar mais informações sobre aquele produto. Porém muitas vezes, o que a pessoa encontra no site, não é atrativo ou impactante o suficiente para que a pessoa tenha a resposta desejada.

O momento em que a pessoa ficou interessada e buscou mais informação na internet foi um micro-momento em que um negócio poderia ter sido realizado e se a empresa não estiver preparada para atender a esse micro-momento, está desperdiçando oportunidades.

Um exemplo comum, quando pegamos um táxi e nos deparamos com um grande trânsito até o nosso destino ou quando aguardamos um voo que está atrasado. Muitas vezes aproveitamos o tempo para pagar contas, fazer transferências, pesquisar produtos ou nos manter atualizados nas redes sociais e sites de notícias. Esses são micro-momentos, em que dentro de um grande-momento, utilizamos uma fração do tempo para realizar alguma ação através da internet.

O Google tem várias pesquisas, análises e indicadores que demonstram como está aumentando o uso de dispositivos móveis no Brasil e no mundo. Chega a ser até redundante escrever que o Google tem “informações” sobre isso, pois a modesta missão deles nada mais é do pegar toda a informação do mundo e organizar para que possa ser encontrada de forma simples e ágil. Mas não podemos esquecer que eles são um dos líderes no mercado de tecnologia para smartphones e dispositivos móveis com a plataforma Android, lutando de igual para igual, senão ganhando, da Apple e Microsoft, então faz todo sentido que eles olhem com muita atenção para a mudança do comportamento das pessoas.

Seja pelos Millennials, pelos geeks da geração X, pela adoção do uso da tecnologia com a aquisição de dispositivos smart por novos consumidores ou com a chegada de infra de comunicação de alta velocidade em novas regiões, todos que estiverem conectados e com aparelhos que permitam o uso de aplicativos, farão uso deles em vários momentos do dia para atender as necessidades dos seus micro-momentos.

Quem conseguir entender os micro-momentos das pessoas e criar soluções personalizadas para satisfazer as necessidades delas poderão alavancar bons negócios para suas empresas.

 

Izandro Pereira

Proprietário da NS4B, formando em Ciências da Computação, arquiteto de software, gerente de projetos, analista de sistemas, tecnologia, bancos de dados e programador por amor.

 

 

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